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Carta aberta à Carolina Maria de Jesus

Dona Carolina,  Nossas vidas são separadas por quase 100 anos, mas frequentamos os mesmos lugares e nos encontramos nas periferias da literatura. Depois de comemorarmos o seu primeiro centenário, seu povo ainda é escravo do custo de vida. Seguimos sendo rebotalhos, preteridos, o segundo lugar.  A reparação histórica nunca aconteceu e agora a favela é o quarto de despejo de um vírus que mata pobre. Uma doença se disseminou na Europa e chegou ao Brasil por meio da classe média alta - que rapidamente se curou em hospitais privados, mas não antes de contagiar seus empregados.  Muita coisa não mudou, mas sua bravura não foi em vão. Hoje seu nome é escrito ao lado de grandes heróis de nosso povo, como o do almirante João Cândido, que foi líder da Revolta da Chibata: ambos foram não só unidos em curta-metragem, como em enredo de escola de samba, a Renascer de Jacarepaguá.  Atualmente sua imagem é ícone de resistência, é a nossa representatividade resgatada do porão. Foi nas ruas, em busca de

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